Em claro
Olho a beleza extravagante da lua. Subitamente queria os meus ao pé de mim, só para ter a certeza que estamos ligados por uma perfeição igual. E, então, pergunto-me onde andarás tu, minha Menina, e se acaso a lua que se vê daí, do salto da bota calçada à Europa, é igual a esta que olho daqui. Pergunto-me onde andarás também tu, Senhora da Floresta, e se por ventura a lua te surge do breu das matas trópicas como a vejo eu aqui, agora.
(...)
É sina, eu sei, eternamente me perguntar por onde andam os que amo. É sina, sim, ficar a perguntar-me se vêem, ainda e sempre, o mesmo que eu.