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Muralha (s)

Fotografias, ilustrações e grafismos sem peridicidade certa

sábado, 17 de fevereiro de 2007

Olhando pela janela, agora

por Margarida C. às 4:14 PM

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Aos meus olhos

Quotes

Ai que prazer não cumprir um dever.
Ter um livro para ler e não o fazer!
Ler é maçada, estudar é nada.
O sol doira sem literatura.
O rio corre bem ou mal, sem edição original
e a brisa, essa, de tão naturalmente matinal
como tem tempo, não tem pressa... Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
a distinção entre nada e coisa nenhuma. Quanto melhor é quando há bruma.
esperar por D. Sebastião,
quer venha ou não! Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
flores, música, o luar, e o sol que peca
só quando, em vez de criar, seca. E mais do que isto é Jesus Cristo,
que não sabia nada de finanças,
nem consta que tivesse biblioteca...

Fernando Pessoa - "Liberdade"


#


"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
estendendo-me os braços, e seguros
de que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
e cruzo os braços, e nunca vou por ali...
A minha glória é esta: criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
com que rasguei o ventre à minha mãe.
Não, não vou por aí!
Só vou por onde me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde,
por que me repetis: "vem por aqui!"? Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
redemoinhar aos ventos,como farrapos,
arrastar os pés sangrentos, a ir por aí...
Se vim ao mundo, foi só para desflorar florestas virgens,
e desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada. Como, pois, sereis vós que me dareis impulsos, ferramentas e coragem para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, o sangue velho dos vossos avós.
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o longe e a miragem,
amo os abismos, as torrentes, os desertos... Ide! Tendes estradas, tendes jardins, tendes canteiros,
tendes pátria, tendes tetos,
e tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura!
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
e sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que me guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
mas eu, que nunca principio nem acabo,
nasci do amor que há entre Deus e o Diabo. Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
ninguém me peça definições,
ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
é uma onda que se alevantou,
é um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou.
Não sei para onde vou,
mas sei que não vou por aí!

José Régio - "Cântico Negro"

Amar Lisboa

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